Hoje poderia postar mais uma carta de desculpas... mas não vou!

Vou fazer diferente.

Vou descrever como foi o meu dia em relação a não ter a oportunidade de ter seu perdão.

Comecemos:

"Ao fim do dia de ontem, ao colocar meu lindo cachorro para dentro de casa para dormir, me lembrei de você e meu coração novamente doeu. Não por estar doente, mas por estar afastado, distante de uma pessoa que é maravilhosa. Quando meu lindo cachorro começou a brincar comigo quase exatamente as duas horas da manha, eu não resisti, pois era lindo e me lembrava seu sorriso ao me da-lo como presente. Ao ir me deitar, meus pensamentos voavam com o vento, sem parada, sem destino. Imaginava se um dia poderia escutar sua voz novamente, se um dia teria sua amizade novamente e se um dia ainda conseguiria ter sua atenção. Rezei a Deus, pedi que cuidasse de minha família, de meus amigos, de meus estudos e meus trabalhos, do teatro que tanto amo e em especial que cuidasse de você e sua felicidade. Roguei a Nossa Senhora que cuidasse de sua vida e que nada acontecesse de mal a você. Por fim, tentei dormir, mas não consegui. Por mais que quisesse, meus pensamentos ainda voavam e não me deixavam em paz, fui para o computador, tentar passar o tempo, adiantar uns textos, decorar outros e por fim adiantar os trabalhos da faculdade. Mas em vão. Nada me fez voltar ao sono, que há dias não consigo ter. Porque meus pensamentos ainda vagam por aí, sem dona, sem perdão. Como todos os dias há mais de duas semanas apenas uma hora e meia antes de eu acordar, supostamente eu adormeci, exausto, cansado, sem forças de continuar em pé, sentado ou até mesmo deitado na cama, acho que como castigo por um dia ter errado. Encontro-me nessa mesma situação deplorável há dias, e há dias acredito que ainda continuarei. Isso me custou um espetáculo, me custou rendimento na faculdade, me custou sentimento, me custou meu eu. Ainda assim, persisto em tentar adormecer; no dia seguinte, hoje, mas o mesmo problema continua e persiste: meus pensamentos voam, e me imaginar longe de você e de sua amizade apertam mais ainda meu coração, da mesma forma que não poder falar com você por não saber como está em relação a mim, me torna minusculo, um verme, um ser que não tem nem a capacidade de manter uma amizade que tanto almeja. Por fim termino agora temporariamente meu dia, muito resumidamente, porque se eu definisse meu dia em pensamentos em você não gastaria uma vida, mas um infinito de vidas do qual espero que não passe enquanto não conseguir seu perdão."

André Gustavo Martins de Almeida 12/08/08