sábado, 13 de setembro de 2008

Desejos...
que se calam com o tempo
invadindo meu coração e ao mesmo tempo que me trazem à tona o
desgosto de cada dia
ajudam a amargar a beleza de uma solidão que ao acordar imagina
quando poderá se deitar e ao levantar não se preocupa ao cair
porque o chão ou a latrina em que se encontrará
será o lar que um dia foi rejeitado,
será o lugar onde será bem aceito,
será vivo e ao mesmo tempo morto com o tempo e mesmo sendo
criticado por quem se ama será odiado por quem ama,
será levado ao mais desprezível lugar que um ser humano imaginou,
que viveu e que uma vez na vida imaginou estar.
Desejos que se calam com minhas feridas, que
ao me lembrar de você desejam a putridão de um sangue que jorra
de um coração dilacerado, estrangulado sem vida e sem batidas senão
as batidas que a cada ritmo imposto pela vida trazem a dor plena
cheia de pecados, cheia de sinas, na falta da penitencia diária
de um adeus a tudo que um dia já foi seu.
Sua amizade, seu carinho, sua atenção e seu amor.
Desejos,
desejo,
de um dia ter sido apenas eu em minha singular existência
onde apenas desejo o seu prazer onde quer que esteja,
onde aoenas desejo o seu carinho onde quer que esteja,
onde apenas desejo o fim de um sofrimento que se torna eterno em mim,
em minha vida, em minha alma, em meu coração...
A.C.Guzzymann 14/09/08

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Noite, madrugada, dia...
Não sei mais o que separa meu dia da madrugada.
Não sei mais o que separa minha madrugada da noite.
Não sei mais o que é uma noite, uma madrugada ou um dia.
Tento a todo custo tentar desvencilhar-me da individualidade do dia que se forma com o prazer de beber para aplacar cada sofrimento do qual me torturo a sentir na medida que me lembro de você.
Ouvir a cada momento a música que acalma minha alma me traz ao mesmo tempo a infelicidade de um dia te encontrar.
Se um dia vir a te encontrar, espero estar separado do dia, da madrugada e da noite, para poder mais uma vez estar próximo do nada...
A.C.Guzzymann

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sinto o que imagino não o que quero mas...

Sinto o que imagino poder sentir
de um dia que me fez sorrir
de um acontecimento vivo e feliz
que das trevas me tirou
que para a vida me resgatou
Sinto o que imagino sentir
Vivo e feliz

Sinto o que imagino sentir
de um dia não depender dos outros
de um acontecimento não compactuar com minha tristeza
que das trevas surjam a luz
que para a vida eu possa morrer e renascer
Sinto o que imagino sentir vivendo e feliz
Vivo e feliz

A.C. Guzzymann 04/09/08